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quarta-feira, 18 de maio de 2016

Como evitar que a crise chegue até você?


Já faz um tempo que a tal da crise chegou e com tantas mudanças políticas e econômicas que atingem o país, nunca este argumento ganhou tanta força. Isso tem preocupado as pessoas que ficam mais a mercê do desemprego assim como as empresas que acabam tendo menos clientes que não podem consumir ou investir justamente por causa da crise. Mas, será mesmo?

Foram poucas as vezes que peguei trem no Rio de Janeiro para ir a algum lugar, mas uma coisa é certa: todas as vezes, em algum momento, entravam os já conhecidos camelôs para vender suas guloseimas, tal como o Gordão do Trem já mencionado aqui neste blog.

Contudo, certa vez, o trem se intimidou com a chegada de um homem mal encarado que parou bem no meio do vagão e disse em voz alta aos passageiros:

- Quero todo mundo abrindo a mochila ou a carteira agora!!

Por se tratar de uma cidade com consideráveis índices de assalto e violência, todos prontamente se preparavam para entregar seu dinheiro e seus pertences até que o homem prosseguiu com seu discurso:

- Quero todo mundo abrindo a mochila ou a carteira agora...para aproveitar a promoção do chocolate aqui com o camelô! - complementou o homem em tom de brincadeira enquanto todos os passageiros respiravam aliviados.

Bom, no fim das contas boa parte do vagão comprou o chocolate. Ok, mas o que isso tem a ver com a crise? Ora, que muitos outros camelôs passaram por aquele mesmo vagão antes portando aquele já conhecido discurso de “comprem na promoção, um por 1 real, três por 2 reais”, mas ninguém comprou. E bastou chegar alguém com um discurso diferente e original para que muitos comprassem. O mesmo ocorre com o mercado em momentos de crise: sobreviverão aqueles que usarem estratégias diferentes para cativar o público. Como fazer isso? Por meio do Marketing.


Sou profissional da área e o que mais tenho ouvido ultimamente das empresas é: “Não posso investir em marketing no momento...afinal, o país está em crise”. Este argumento é tão pífio quanto dizer “Estou com sede, mas não quero beber água” ou “Estou doente, mas não quero tomar remédio”.

“Mas, Ivan, tem empresas que estão mandando todos os funcionários embora e se afundando em dívidas...você está sugerindo que eles invistam um dinheiro que não têm em marketing?” - me perguntam algumas pessoas. Neste caso, não é aconselhável, pois se uma empresa já não consegue ser auto-sustentável, não há razão para continuar existindo. O melhor é fechar as portas.

Em contrapartida, se o faturamento ainda é saudável, funcionários e contas estão em dia, e a empresa está aberta a novas propostas comerciais, que cabimento tem o argumento de que não se pode investir em Marketing? “Porque não é uma prioridade agora” - me respondem os donos de negócio ou seus representantes.

Ora, se a prioridade não é elaborar uma nova estratégia para evitar que tempos ruins cheguem, então qual é? Se o camelô não tivesse feito algo novo, ele não teria se destacado entre os concorrentes que continuam fazendo as mesmas ações de anos atrás e o público tão pouco teria comprado. Afinal, as pessoas também culpam a crise na hora de comprar, mesmo que seja só uma barra de chocolate, até que se prove o contrário.



Postado por: IVAN DE SOUZA
Jornalista, publicitário, marqueteiro e blogueiro nas horas vagas. Também gosta de desenhar e acredita viver uma real Vida de Marketing.
Para saber mais sobre mim, visite meu perfil ou me mande um e-mail.

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